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Silver Shadows: Capítulo 7 Traduzido
04 agosto 2014

Segue o capítulo 7

DEMOROU QUASE UMA SEMANA para os outros detentos pararem de mover suas mesas para longe de mim ou se encolherem se acontecesse de tocarmos. Eles ainda não estavam nada perto de serem amigáveis comigo, mas Duncan jurou que eu estava fazendo progressos extraordinários.

– Eu já vi levar semanas ou mesmo meses para chegar a esse ponto – ele me disse na aula de artes um dia. – Em breve, você será convidada para sentar com os garotos legais no almoço.

– Você poderia me convidar – eu apontei.

Ele sorriu enquanto retocava uma folha no projeto ainda-vivo de hoje: replicar a samambaia que vivia na mesa de Addison.

– Você conhece as regras, criança. Outra pessoa além de mim tem que chegar a você. Aguente firme. Alguém irá entrar em problemas em breve, e então sua hora vai chegar. Jonah se complica bastante. Assim como Hope. Você verá.

Desde aquele primeiro dia, Duncan tinha restringindo basicamente nossas interações sociais para esta aula, além de ocasionais piadinhas nos corredores se ninguém estava perto o bastante para escutar. Consequentemente, eu me encontrei ansiando pela hora da arte. Era o único tempo que alguém falava comigo como se eu fosse uma pessoa de verdade. Os outros detentos me ignoravam ao longo do dia, e meus instrutores, quer fosse na sala ou nas sessões de vômito, nunca falhavam em me relembrar da pecadora que eu era.

A amizade de Duncan me centralizava, me relembrando que havia esperança além deste lugar. Ele ainda era cauteloso, mesmo nesta aula, com sua conversa. Apesar de ele raramente mencionar Chantal, a amiga, que eu secretamente acreditava que tinha sido mais que uma amiga, que os Alquimistas haviam levado embora, eu poderia dizer que sua perda o assombrava. Ele papeava e sorria com os outros durante as refeições mas fazia questão de não conversar com uma pessoa excessivamente lá ou nas aulas. Acho que ele estava com medo de arriscar qualquer um para a cólera dos Alquimistas, mesmo um conhecido casual.

– Você é muito bom nisto – eu disse, notando os detalhes de suas folhas. – Isso veio de estar aqui há muito tempo?

– Nada, eu costumava pintar como hobby antes de vir para cá. Eu odeio essa porcaria ainda-vivo, no entanto – ele pausou para encarar sua samambaia. – Eu mataria para apenas pintar livremente algo abstrato. Eu amaria pintar o céu. Quem eu estou enganando? Eu amaria ver o céu. Eu nunca pintei muitas cenas de ao ar-livre quando eu estava atribuído em Manhattan. Achava que era bom demais para isso e deveria me guardar para algum pôr-do-sol do Arizona.

– Manhattan? Uau. Isso é muito intenso.

– Intenso – ele concordou. – E cheio e alto e barulhento. Eu odiava… e agora eu faria qualquer coisa para voltar para lá. Lá onde você e seu namorado filósofo devem acabar.

– Nós sempre conversamos sobre ir a algum lugar como Roma – eu falei.

Duncan zombou – Roma. Por que lidar com a barreira linguística quando você pode ter tudo que você quiser nos EUA? Vocês podem ter um apartamento incompleto que você trabalhará em dois empregos para pagar e você assiste a aulas em qualquer coisa imaginável e ele sai com os amigos artistas desempregados dele em Bushwick. Voltam para casa à noite para comer comida coreana com seus vizinhos excêntricos, então fazem amor no colchão puído de vocês no chão. No outro dia, tudo começa de novo – ele voltou a pintar.

– Não é uma forma ruim de viver.

– Não é ruim mesmo – eu disse, sorrindo apesar de tudo. Eu poderia sentir esse sorriso desaparecer quando uma dor emboscou em meu coração ao pensar em qualquer futuro com Adrian.

O que Duncan havia descrito era tão bom quanto qualquer “plano de fuga” que Adrian e eu costumávamos imaginar… e, neste momento, tão impossível quanto. – Duncan… o que você quis dizer quando falou que você faria qualquer coisa para voltar para lá?

– Não – ele alertou.

– Não o quê?

– Você sabe o quê. Eu estava apenas usando uma expressão.

– Sim – comecei -, mas se existisse uma maneira que você pudesse sair daqui e…

– Não há – ele falou bruscamente.

– Você não é a primeira a sugerir isto. Você não será a última. E se eu puder ajudar, você não será jogada de volta à solitária por fazer algo estúpido. Eu já disse a você, não há saída.

Eu pensei muito cuidadosamente em como proceder. No último ano, ele provavelmente tinha visto outros tentarem fugir daqui e, julgando pela sua reação, assistiu a eles todos falharem. Eu tinha perguntado a ele sobre saídas diversas vezes, e como eu, ele nunca descobriu onde eles estavam. E precisava encontrar uma abordagem diferente e angariar informações que talvez no encaminhasse à liberdade.

– Você poderia responder apenas duas coisas para mim? – Perguntei enfim – sem ser sobre saídas?

– Se eu puder – ele falou com cuidado, ainda não fazendo contato visual.

– Você sabe onde nós estamos?

– Não – ele disse prontamente. – Ninguém sabe, o que é parte do plano deles. A única coisa que eu tenho certeza é que cada andar que sempre vamos é subterrâneo. Isso é o porquê de não haver janelas ou saídas óbvias.

– Você sabe como eles injetam o gás aqui? Não aja como se você não soubesse o que eu quero dizer – adicionei, vendo-o começar a fazer careta. – Você deve ter notado quando você estava preso na solitária. E eles estão usando agora para nos derrubar à noite e nos manter agitados e paranoicos quando estamos acordados.

– Eles não precisam de qualquer droga para isto – ele mencionou. – Nós mesmos fazemos um bom trabalho em espalhar essa paranoia por conta própria.

– Não se esquive. Você sabe ou não de onde o gás vem?

– Vamos lá, só porque uma samambaia é uma planta vascular não significa que esteja produzindo dióxido de carbono de maneira diferente – ele interrompeu. – Eu fiquei surpresa, tanto pela estranha mudança de assunto quanto pelo leve aumento de sua voz. – Todas as reações químicas na fotossíntese básica ainda estão lá. É apenas uma questão de usar esporos ao invés de sementes.

Eu estava muito perdida para responder de prontidão, e então eu vi o que ele já tinha visto: Emma estava parada perto de nós, procurando uma gaveta de lápis coloridos. E estava claro que ela estava escutando.

Eu engoli e tentei juntar algum sentido de palavras juntar – eu não estava discutindo isso. E estava apenas mencionando o registro fóssil diz sobre megafilos e microfilos. Você é quem começou a ficar encucado com fotossíntese.

Emma achou o que ele precisava e saiu de perto, fazendo meus joelhos quase cederem de baixo de mim. – Oh meu deus – eu disse, uma vez que ela estava longe de escutar.

– Isso – disse Duncan, – é por que você precisa ser mais cuidadosa.

A aula acabou, e eu passei o resto do dia esperando nervosamente Emma me entregar para alguma autoridade, que iria me arrastar para a sessão de vômito ou, pior, voltar para a escuridão. De todas as pessoas para nos escutar! Os outros detentos poderiam não estar sociáveis comigo ainda, mas eu já tinha sido capaz de observar que eram os melhores ou piores candidatos como aliados. E Emma? Ela era a pior. Alguma dos outros poderiam ocasionalmente escorregar, meio como Hope naquele primeiro dia, fazendo um comentário caprichoso que os levavam a problema. Mas minha sempre-boa colega de quarto nunca, jamais desviava de sua retórica Alquimista perfeita. Na verdade, ela saía de seu caminho para delatar outros que não seguiam a linha. Eu honestamente não conseguia compreender por que ela ainda estava aqui.

Mas ninguém veio por mim. Emma não fez mais do que olhar meu caminho, e eu ousei ter a esperança de que a única coisa que ela ouviu foi a desculpa apressada de fotossíntese do Duncan.

A hora da comunhão se aproximou e todos entramos em fila na capela. Alguns sentaram nas cadeiras dobradiças enquanto outros vagavam pelo cômodo como eu. Ontem tinha sido domingo, e no lugar de fazer comunhão, nós nos juntávamos aqui nos bancos da igreja, juntos com todos nossos instrutores, enquanto um hierofante vinha e nos dava um serviço de igreja genuíno e rezava por nossas almas. Era a única parte de nossa rotina que mudava. Caso ao contrário, nós tínhamos as mesmas aulas nos fins de semana como tínhamos no meio de semana. Mas aquele único serviço fortificador, não por causa de sua mensagem, mas porque era outra maneira de marcar o tempo. Cada pedaço de informação que eu poderia ter neste lugar poderia apenas ser usado para me ajudar… eu esperava.

Era por isso que eu lia a Parede da Verdade cada dia antes de nossa reunião. Havia uma história aqui de detidos que vieram antes de mim, e eu ansiava aprender algo. Na maioria, tudo que eu encontrava era o mesmo tipo de mensagens, e hoje não era exceção. Eu pequei contra meu povo e me arrependo imensamente. Por favor me leve de volta ao rebanho. A única salvação é a salvação humana. Outra mensagem se lia: Por favor deixe-me sair. Vendo Sheridan entrar na sala, eu estava prestes a me juntar aos outros quando eu notei algo no canto do meu olho. Era em uma reigão da parede que eu ainda não havia chegado, em letra rabiscada:

Carly, desculpe-me. – K. D.

Eu senti meu queixo cair. Era possível… poderia realmente ser… enquanto mais eu encarava aquilo, mais eu tinha certeza do que eu estava vendo: uma desculpa para minha irmã Carly, de Keith Darnell, o cara que a estuprou. Eu imagino que poderia ser uma Carly diferente e outro alguém com as mesmas iniciais… mas meu instino me disse o contrário. E sabia que Keith havia estado na reeducação. Seus crimes tinham sido de uma natureza bem diferente dos meus, e ele também havia sido liberado recentemente – recentemente sendo mais de cinco meses atrás. Ele também tinha quase ficado como um zumbi no tempo que ele tinha saído daqui. Era surreal pensar que ele havia andado por esses mesmos corredores, ido às mesmas aulas, suportado as mesmas sessões de vômito. Era até mesmo mais perturbador imaginar se eu ficaria como ele quando saísse daqui.

– Sydney? – Perguntou Sheridan agradavelmente. – Você não vai se juntar a nós?

Corando, eu percebi que eu era a única não sentada e corri para me juntar aos outros. – Desculpe – murmurei.

– A Parede da Verdade pode ser um lugar muito inspirador – disse Sheridan. – Você encontrou algo que falou com sua alma?

Pensei com muito cuidado antes de responder e então decidi que a verdade não me machucaria. Também talvez poderia ajudar, já que Sheridan estava sempre tentando me fazer falar. – Na maioria eu fiquei surpresa – eu disse. – Reconheci o nome de alguém que eu conhecia… alguém que estava aqui antes de mim.

– Esta pessoa ajudou a corrompê-la? – Lacey perguntou em curiosidade inocente. Era uma das poucas vezes que alguém demonstrou interesse semi-pessoal em mim.

– Não exatamente – disse. – Eu fui na verdade a pessoa que o reportou, que o mandou para cá. – Todo mundo pareceu interessado, então eu continuei. – Ele estava em negócios com um Moroi, um velho, senil Moroi, e tirando seu sangue. Ele disse ao Moroi que estava sendo usado para propósitos curativos, mas ele, o cara que eu conhecia, estava na verdade vendendo o sangue para um tatuador local que por sua vez estava usando-o para vender tatuagens que melhoram o desempenho para alunos humanos de ensino médio. O sangue na tinta os faria melhor em coisas, especialmente esportes, mas havia efeitos colaterais perigosos.

– Seu amigo sabia? – Perguntou Hope. – Que estava machucando humanos?

– Ele não era meu amigo – eu disse afiada. – Mesmo antes de isto começar. E sim, ele sabia. Ele não se importante no entanto. Tudo que ele estava focado era nos lucros que ele estava fazendo.

Os outros detidos estavam arrebatados, talvez porque eles nunca haviam me ouvido falar tanto ou talvez porque eles nunca haviam escutado de um escândalo como este. – Aposto que o Moroi sabia – disse Stuart sombriamente. – Aposto que ele sabia de tudo, em que as tatuagens estavam sendo usadas e o quanto eram perigosas. Ele provavelmente estava apenas fingindo em ser senil.

A velha Sydney, quer dizer, a Sydney que esteve aqui no seu primeiro dia, teria sido rápida em defender Clarence e sua inocência no esquema de Keith. Esta Sydney, que tinha visto detidos serem punidos por comentários menores e tinha suportado duas sessões de vômito esta semana, sabia melhor. – Não era meu trabalho julgar o comportamento do Moroi – eu disse. – Eles farão o que suas naturezas os mandarem fazer. Mas eu sabia que nenhum humano deveria sujeitar outros humanos para os perigos que meu associado estava. Era por isso que eu tinha que entregá-lo.

Para meu espanto, uma rodada de acenos me encontrou, e até Sheridan me olhou com aprovação. Então, ela falou. – Esta é uma visão muito sábia, Sydney. E ainda algo deve ter dado terrivelmente errado se você não aprendeu lição alguma desse incidente e acabou aqui você mesma.

Todos aqueles olhos giraram dela para mim, e por um momento, eu não conseguia respirar. Eu discutia sobre Adrian ocasionalmente com Duncan, mas isto era diferente. Duncan não julgava ou despedaçava meu romance. Como eu poderia trazer à tona algo tão precioso e poderoso para mim na frente deste grupo, que iriam insultar e fazê-lo parecer sujo? O que eu tive com Adrian foi lindo. Eu não queria expô-lo para ser pisoteado aqui.

E ainda, como eu não poderia? Se eu não desse algo a eles, se eu não jogasse seus jogos… então quanto tempo eu ficaria aqui? Um ano, ou mais, como Duncan? Eu havia dito a mim mesma, de volta naquela cela escura, que eu diria qualquer coisa para me tirar daqui. Eu tinha que fazer isso valer. Mentiras ditas aqui não iriam importar se elas me levassem de volta a Adrian.

– Eu deixei minha guarda baixar – eu disse simplesmente. – Minha tarefa me tinha trabalhando entre vários Moroi, e eu parei de pensar neles como as criaturas que são. Acho que depois do meu associado, as linhas de bem e mal ficaram borradas para mim.

Eu me preparei para Sheridan começar a me atormentar por mais detalhes íntimos do que aconteceu, mas foi outra garota, uma chamada Amelia, que falou algo totalmente inesperado.

– Isso quase faz sentido – ela disse. – Digo, eu não teria levado para, hm, extremos que você fez, mas se você esteve por perto de um humano corrupto, poderia talvez fazer você perder sua fé no nosso povo e erroneamente se virar para os Moroi.

Outro rapaz que eu raramente conversava, Devin, acenou em concordância. – Alguns deles podem quase parecer enganosamente legais.

Sheridan franziu as sobrancelhas levemente, e eu pensei que esses dois talvez entrassem em problema por comentários semi-favoráveis aos Morois. Ela aparentemente decidiu deixar passar ao favor do progresso que eu fiz hoje. – É muito fácil ficar confuso, especialmente quando você está fora em uma tarefa por si mesmo e coisas tomam um rumo inesperado. O importante é lembrar é que nós temos uma infraestrutura inteira pronta para ajudá-lo. Se você têm questões sobre o certo e errado, não se vire para um Moroi. Vire-se para nós, e nós lhe diremos o que é certo.

Porque o céu nos perdoe se um de nós pensar por nós mesmos, eu pensei amargamente. Fui poupada de mais questionamentos românticos quando Sheridan voltou sua atenção aos outros para ouvir qual tipo de esclarecimento eles tiveram esse dia. Não apenas eu estava fora da reta, eu aparentemente ganhei pontos com Sheridan e, como eu vi quando o chegou o horário de jantar, com alguns dos meus colegas detidos.

Quando eu peguei minha bandeja com Baxter e iniciei minha caminhada em direção a uma mesa vazia, Amelia me acenou para a dela com um curto sinal de cabeça. E sentei ao lado dela, e apesar de ninguém ter realmente conversado comigo durante a refeição, ninguém me mandou embora ou me censurou. Eu comi em silêncio, e captei tudo que eu ouvia ao meu redor. A maioria de suas conversas era as típicas que eu ouvia no refeitório de Amberwood, comentários sobre o dia de escola ou colegas de quarto que roncavam. Mas me deu mais e mais compreensão de suas personalidades, e eu de novo comecei a calcular quem poderia ser um aliado.

Duncan esteve sentado com outros em outra mesa, mas quando nós passamos ao lado de outro saindo do refeitório, ele murmurou – viu? Eu disse a você que você estava fazendo progresso. Agora não estrague tudo.

Eu quase sorri, mas aprendi minha lissão mais cedo hoje sobre ficar muito confortável. Então eu continuei o que eu esperava ser uma aparência solene e diligente no meu rosto enquanto íamos em desordem para a biblioteca para encolher nossas escolhas chatas de leitura para a noite. Eu acabei na sessão de história, esperando por algo um pouco mais interessante do que eu tinha visto recentemente. Histórias Alquimistas ainda eram cheias de lições sobre moral e bons comportamentos, mas pelo menos essas lições não eram diretamente explícitas para os leitores, como a maioria dos outros livros de auto-ajuda era. Eu estava em dúvida entre dois contos medievais diferentes quando alguém se ajoelhou ao meu lado.

– Por que você quis saber sobre o gás? – Perguntou uma voz quieta. Eu me virei. Era Emma.

– Eu não sei sobre o que você está falando – falei levemente.Você quis dizer em artes hoje? Duncan e eu estávamos discutindo samambaias.

– Uh-huh – ela puxou um livro da era renascentista e folheou as páginas. – Eu não direito uma palavra a você no nosso quarto, você sabe. Está sob vigilância. Mas se você quer minha ajuda agora, você tem cerca de sessenta segundos.

– Por que você me ajudaria? – Eu questionei – assumindo que eu mesmo queira? Você está tentando armando para mim em algo para que você consiga ser vista melhor?

Ela bufou. – Se eu quisesse “armar para você em algo”, eu teria feito eras atrás no nosso quarto, gravado em vídeo. Quarenta e cinco segundos. Por que você quer saber sobre o gás?

Ansiedade me inundou enquanto eu desesperava sobre o que fazer. Nas minhas avaliações sobre quem poderia ser um aliado, Emma nunca tinha aparecido. E ainda, aqui estava ela, oferecendo o mais perto de insubordinação que alguém, até mesmo meu amigo Duncan, tinha mostrado até agora. Isso fez tudo parecer mais provável que eu estava sendo armada, ainda parte de mim não conseguia resistir a oportunidade.

– O gás nos prende aqui tanto quanto os guardas e paredes – eu disse por fim. – E apenas quero entender. – Com esperança isso não era tão incriminador.

Emma escorregou o livro de volta e selecionou outro diário, este com enfeites extravagantes. – Os controle estão em uma oficina que está no mesmo andar da sessão de vômito. Cada quarto também tem um pequeno cano sendo alimentado por esse sistema. E logoatrás do painel de ventilação perto do teto.

– Como você sabe? – Perguntei.

– Eu cruzei com alguns rapazes do conserto fazendo manutenção em um quarto vazio uma vez.

– Então seria masi fácil bloquear quarto-por-quarto do que no nível de controle – murmurei.

Ela balançou sua cabeça – não quando está bem na linha com as câmeras nos quartos. Os guardas estariam sobre você antes mesmo de você retirar o painel. No qual você precisaria de uma chave de fenda.

Ela começou a colocar seu livro de volta, e eu o peguei dela. Tintas cintilantes decoravam a capa, e o canto de cada capítulo estava coberto com um pedaço de metal achatado. Eu percorri meus dedos sobre um. – Chave de fenda plana? – Perguntei, medindo a grossura do canto metálico. Se eu conseguisse arrancar, seria uma boa ferramenta para retirar um parafuso.

Um lento sorriso espalhou sobre o rosto de Emma. – Na realidade, sim. Você ganha pontos de criatividade, eu lhe darei isso. – Ela me estudou por mais uns momentos. – Por que você quer bloquear o gás? Parece que você tem vários outros problemas maiores, você sabe, o maior deles que você esteja presa aqui.

– Você me diga algo primeiro – eu disse, ainda sem certeza se Emma era parte de uma grande operação que iria me colocar em um problema ainda maior. – Você era como a criança propaganda para o comportamento modelo Alquimista. O que você fez para vir para cá?

Ela hesitou antes de responder – eu mandei para longe alguns guardiões que tinha sido atribuídos para ajudar meu grupo Alquimista em Kiev. Havia alguns Moroi que eu conhecia que eu achava que precisavam de mais proteção do que nós.

– Eu vejo onde isso iria chatear os poderes-constituídos – admiti. – Mas parece que há coisas priores, especialmente como quão boa você tem sido. Por que você ainda está aqui?

Seu sorriso convencido mudou para algo mais amargo – porque minha irmã não está. Ela passou por tudo isso também, recebeu alta, e depois foi mais desonesta do que antes. Ninguém sabe onde ela está, e agora, não importa quantos avanços eu dê, eles estão garantindo que não façam o mesmo erro duas vezes em me deixar ir embora tão cedo. Mau sangue na nossa família, eu acho.

Isso com certeza explicaria as coisas. Ela parecia sincera também, mas ela também era uma Alquimista, e nós éramos bons em enganar os outros. Outra pergunta surgiu na minha cabeça enquanto meus olhos cruzaram a sala onde Duncan e alguns outros vasculhavam a sessão de sociologia. – Porque Duncan está aqui tanto tempo? Ele parece estar em bom comportamento. Sangue ruim na família também?

Emma seguiu meu olhar – meu chute? Comportamento bom demais.

– Isso é mesmo possível? – Perguntei, chocada.

Ela deu de ombros – ele é tão dócil, acho que eles estão preocupados que ele não seja capaz em se impor a influência de vampiros, mesmo que ele quisesse. Então eles estão com medo de deixá-lo sair ainda. Mas eles não querem que ele tenha muita coragem porque esse tipo vai contra o procedimento de operação aqui. Eu acho que ele quer ser mais corajoso… mas algo o impede, digo, mais do que as coisas normais nos impedindo.

Chantal, pensei. Isso era o que o segurava. Ele tinha coragem o bastante para ser meu amigo, mas as palavras de Emma explicaram por que ele era tão cuidados mesmo nisso. Perder Chantal deixou sua marca e o fez temeroso a fazer qualquer outra coisa. Esperando que eu não estivesse fazendo um terrível erro, respirei fundo e volta para Emma.

– Se o gás estiver desligado, eu posso mandar uma mensagem para fora. Isso é tudo que eu posso contar a você.

Suas sobrancelhas subiram com isso – você tem certeza? Hoje?

– Absoluta – eu disse. Adrian estaria procurando por mim nos sonhos. Ele apenas precisava de uma janela de sono natural.

– Espere um minuto – Emma disse após um pouco mais de pensamento.

Ela se levantou e caminhou para o outro lado da sala, para onde Amelia estava pesquisando. Elas conversaram até a melodia de sinos tocar, sinalizando que era hora de retornarmos para nossos quartos. Emma apressou-se de volta para mim. – Confira este livro – ela disse, acenando para o diário enfeitado. – E não direito outra palavra para você uma vez que saiamos por aquela porta. Volte para nosso quarto, conte até sessenta, e depois mergulhe de cabeça em qualquer coisa que você precisar fazer com aquela ventilação.

– Mas e sobre a câmera…

– Você está por conta própria agora – ela disse, e partiu sem uma palavra a mais.

Fiquei boquiaberta por um tempo e depois me apressei para me juntar aos outros que estavam assinando os livros para o bibliotecário. Enquanto eu saía com eles, tentei parecer natural e não como meu coração estivesse martelando meu peito. Emma estava falando sério? Ou isso era a última armação? O que ela poderia ter feito em uma conversa que de repente faria ficar tudo bem bloquear o sistema de ventilação? Porque quando voltamos para nosso quarto, eu podia ver a pequena câmera preta que nos vigiava estava apontada diretamente para o rumo da ventilação em questão. Qualquer um o abrindo seria facilmente visto.

Teria de ser uma armação, mas Emma tinha sido clara em sua linguagem corporal que ela não teria nenhuma interação a mais comigo enquanto nos preparámos para deitar. Contei silenciosamente e sabia que ela também tinha contado porque quando eu cheguei a sessenta, ela me jogou um olhar afiado, cheio de significado.

Há maneiras mais fáceis de armar para mim, pensei. Maneiras mais fácil com consequências piores.

Engoli seco, e empurrei minha cama para a parede e a usei para subir, então eu teria acesso mais fácil para o painel de ventilação. E arranquei um canto de página de metal do livro, e a avaliação de Emma esava correta. Sua espessura era certa como uma chave de fenda plana. Claro, não era nem perto ergonomicamente fácil de usá-lo como uma chave de fenda, mas após um pouco de tempo, e finalmente consegui afrouxar os quatros cantos do painel o suficiente  retirá-lo. Meus nervos e mãos tremendo não estavam ajudando a acelerar o processo, e eu não tinha menor ideia quanto tempo eu ainda tinha para fazer isso, ou se Emma iria me alertar quando o tempo acabasse.

Dentro, encontrei um poço de ventilação comum. Era pequeno demais para engatinhar, então não haveria nenhum fuga digna de filme desse jeito. Como ela havia me dito, um pequeno cano estava anexado ao lado da ventilação, abrindo logo atrás das grelhas do painel para alimentar o ar para dentro do nosso quarto quando a luz se apagasse. Agora eu precisava bloquear o cano. E alcancei debaixo da cama, onde eu tinha colocado uma velha meia recuperada do nosso cesto de roupa suja mais cedo. Eu não deixei de lado que os Alquimistas fizessem um inventório de nossas roupas regularmente, mas eu também sabia que quando isto era apanhado, era prontamente jogado em um cesto de roupas maior. Se eles notassem uma meia perdida, eles não saberiam do quarto de quem teria vindo. E com certeza até mesmo secadoras Alquimistas comiam meias de vez em quando.

Eu enfiei a meia no cano o melhor que eu pude, esperando que fosse suficiente para manter o pior do gás longe. Atrás de mim, baixinho, escutei Emma murmurar – rápido. – Minhas mãos escorregavam com suor, e parafusei o painel de volta no lugar e mal lembrei de mover minha cama antes de afundar nela com meu livro. Toda a tentativa durou menos do que cinco minutos, mas foi o suficiente?

Emma estava fixada em seu livro e nem mesmo olhou em minha direção, mas eu percebi o vislumbre de um sorriso em seus lábios. Isso era um triunfo em em ajudar a alcançar meu objetivo? Ou ela estava se vangloriando em ter me enganado em cometer sérias insubordinações na câmera?

Se eu tinha sido pega, ninguém veio até mim naquela noite. Nossa hora de leitura acabou, e logo depois, as luzes se apagaram e eu ouvi o clique familiar das portas automaticamente se trancando. Eu me aconcheguei na minha esparsa cama feita e esperei por outra coisa que tinha sido se tornado familiar nessa última semana: a sonolência induzida artificialmente trazida pelo gás. Não tinha chegado.

Não tinha chegado.

Eu mal poderia acreditar. Nós tínhamos conseguido! Eu consegui parar o gás de entrar no meu quarto. A parte irônia era, eu poderia usar um pouco de ajuda para conseguir dormir porque eu estava tão animada para falar com Adrian que eu não conseguir me acalmar. Era como Noite de Natal. E deitei no escuro pelo o que parecia ser duas horas antes da exaustão natural ganhar e me colocar para dormir. Meu corpo estava em um estado perpétuo de fadiga por aqui, tanto por estresse mental e pelo fato que o sono que nos era dado era pouco adequado. Dormi profundamente até a melodia de sinos para acordar, e foi então quando eu me dei conta da horrível verdade.

Não houve sonho algum. Adrian não tinha vindo.