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Os Criadores de ‘Garotas Malvadas’e ‘Heathers’ discutem ‘Vampire Academy’ e a proeminência dos filmes
13 fevereiro 2014

No site The Daily Beast, Mark Waters e Dan Waters, diretor e roteirista de Vampire Academy, respectivamente, falaram sobre o filme, sobre seus legados e, exploraram a realidade sobre o que é Vampire Academy, confira abaixo.

Os Criadores de ‘Garotas Malvadas’e ‘Heathers’ discutem ‘Vapire Academy’ e a proeminência dos filmes

Irmãos Mark Waters (diretor, Garotas Malvadas) e Daniel Waters (Escritor, Heathers) montaram um time para a produção da comédia-fantasia Vampire Academy, sexta nos cinemas. Os dois discutiram o novo filme, suas próprias cult classics e mais.

Mark Waters: Então irmão Dan, você escreveu o filme adolescente favorito das mães das adolescentes atuais, Heathers.

Daniel Waters: Sim, irmão Mark, e você dirigiu o filme favorito de todo mundo na faixa PG-13, com uma peça de Heathers, Garotas Malvadas. Eu fico feliz que eu tenha sido a alta costura e você veio pronto para vesti-la. Que eu sou Joy Division e você é New Order.

Mark: Vamos comparar o Box Office Senhor Cult Favorito… E ninguém sabe quem são as bandas que você está se referindo, então fique quieto. Nós, homens velhos nos juntamos para esperançosamente criar outro clássico teen para a nova geração, Vampire Academy.

Daniel: Oh, cara, esse título. Quer dizer, se você leu o livro, você sabe o quão incrível o material é, mas outras pessoas só te olham como se você tivesse juntado Harry Potter e Twilight em uma batedeira e apertasse o botão.

Mark: O seu primeiro rascunho do roteiro exprimia isso por um bom tempo. Mas por que você acha que tem sido tão difícil para nós nos graduarmos no ensino médio do cinema. O que é que nos faz sempre retornar?

Daniel: O ensino médio é uma das curtas e únicas experiências que todo mundo já passou. Nem todo mundo já foi para uma guerra ou teve um bebê ou perseguiu o assassino que massacrou sua família, mas todos nós fomos ao ensino médio. As emoções são tão cruas e vitais naquela idade a ponto de deixarem marcas pelo resto da vida.

Mark: Tudo parece estar relacionado com a importância de vida e morte. Eu entendo muito mais disso agora que tenho duas filhas em crescimento…

Daniel: E eu, na verdade, nunca amadureci, e isso tem sido benéfico para mim quando escrevo esses tipos de filmes. No ensino médio, as apostas sempre parecem tão altas…

Mark: Você realmente disse apostas (N/T: Stakes – estacas ou apostas no português.)? Uma suave transição para o nosso novo filme em que tudo não parece ser sobre vida e morte, na verdade, tudo é sobre vida e morte. Todos na Academia São Vladimir são tipo vampiros ou metade-vampiros… o que eu gosto sobre esse romance e sobre o filme é que todo mundo está bem ciente sobre esse fato. Não tem ninguém no campus correndo por aí e gritando “Oh meu Deus, vampiros sugando sangue!”. Aqui é completamente natural para um estudante andar até a clínica ao invés de uma cafeteria, para morder um alimentador humano.

Daniel: Sim, isso foi incrivelmente importante para transformar essa loucura em algo normal. Quando você pensa nisso, todo internato tem suas disparidades costumeiras, suas tradições e seus tabus.

Mark: É normal dar uns amassos com um garoto, mas se você deixar que ele te morda enquanto vocês estão ali, isso é ruim. Então, você é uma prostituta de sangue.

Daniel: Eu amo quando Cameron Monaghan como Mason, pergunta para Rose, “É verdade sobre você e Jesse? Não só pegando, mas se mordendo?”

Mark: Citando suas próprias frases – legal. Como Tina Fey no roteiro de Garotas Malvadas,o diálogo em seus filmes adolescentes é bem estilizado. O que você tem a dizer quando as pessoas te dizer, “Adolescentes, na verdade, não falam assim?”

Daniel: Eu digo, “Quem liga?” Até mesmo quando eu era adolescente, eu nunca escrevia do jeito que os adolescentes realmente falavam… só como adultos que realmente “não falam” da mesma forma como eles fazem no filme clássico como Casablanca. A minha experiência no ensino médio, a experiência de todos no ensino médio, na experiência da vida de todo mundo, que já passou pelo desejo de ter falado aquela frase perfeita no momento perfeito. Eu tentei criar essa fantasia. Julieta de Shakespeare tem 16 anos e, mesmo que faça um tempo que eu tenha lido Romeu e Julieta, eu não acho que ela diz “que seja” ou “claro”.

Mark: Eu posso dizer da cadeira de diretor que os jovens atores amam ser desafiados, dar a eles falas muito difíceis que precisam fazer com que eles analisem e absorvam em suas mentes. Diferentemente de outros atores jovens, eu trabalhei com quem permanecerá desconhecido, Zoey Deutch e Lucy Fry jamais sairiam para uma balada após o trabalho, mas iriam imediatamente se desdobrar para começar a trabalhar nas resmas dos diálogos entrelaçados que elas tinham que absorver para o próximo dia de trabalho.

Daniel: Voltando aos vampiros, as pessoas continuam querendo nos levar a uma batalha contra Crepúsculo.

Mark: Hey, eu realmente gosto de Crepúsculo. Isso não é Crepúsculo. E Bella Swan não é Rose Hathaway, que é na verdade a protagonista mais mal humorada já criada no mundo YA. Isso não faz com que Rose seja necessariamente melhor ou pior que Bella, mas elas são definitivamente diferentes.

Daniel: É triste que se tenham pouquíssimas protagonistas femininas por aí e que as pessoas ainda tenham esse desejo de compará-las. A fala que eu sigo dizendo é que ninguém sai ao redor por aí dizendo “Hey, Homem de ferro tem um senso de humor bem melhor que Wolverine.” Elas são personagens completamente diferentes.

Mark: Mas não vamos ficar com medo de se vangloriar sobre o quão incrível nossas protagonistas são e a grandeza das nossas atrizes que as interpretaram. Com Zoey como Rose Hathaway e Lucy como Lissa Dragomir, nós conseguimos uma exploração incrível da amizade feminina em que os caras são somente acompanhantes.

Daniel: Elas têm uma ligação em que Rose sabe o que Lissa está vendo e sentindo. Lucy tem uma ótima fala: “Eu odeio ter uma melhor amiga para qual não tenho como mentir.”

Mark: Citando novamente. Mas é uma dinâmica tão engraçada e dramática que você poderia fazer um filme inteiro somente sobre o laço. Quem precisa de vampiros? Eu amo o fato de que Lucy tem a fofura e o espírito que se encaixam perfeitamente com nossa princesa, enquanto Zoey é difícil, amável, protetora e hilária como a Rose do livro.

Daniel: Eu cometi o erro de dizer em uma entrevista que Zoey era o tipo de pessoa que “joga na cara”. Quando voltamos para Londres para gravar aquela sequência louca do sonho, ela se chegou a mim, talvez com meio centímetro de distância de minha bochecha e sussurrou sinistramente: “Oi Dan, eu estou jogando na sua cara?”

Mark: Desde o momento da audição, eles entraram na dinâmica de seus personagens. Eu lembro que Lucy não conhecia Los Angeles e Zoey a cobriu com suas asinhas e levou ela para sua casa após elas terem feito o teste juntas.

Daniel: Sim, eu espero que Zoey e Lucy sigam para serem saudáveis e maduras modelos como nossas grandes modelos principais: Winona Ryder e Lindsay Lohan.