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Dominic Sherwood bate-papo sobre Vampire Academy e interpretar Christian
08 fevereiro 2014

Dominic Sherwood estreia em Vampire Academy como um garoto malvado chamado Christian Ozera, um personagem que Dominic descreve como o seu completo oposto. Christian é excluído pela maioria dos personagens em Vampire Academy, mas ele foi abraçado pelos fãs da série bestseller de Richelle Mead. E enquanto Sherwood admite ser um completo desastrado que não usa sarcasmo como meio de lidar com suas relações sociais, como Christian faz, ele na verdade conhece alguém que é muito igual ao seu personagem de Vampire Academy e não foi tão difícil assim de visualizar esse introvertido e observador como um adolescente real lidando com a vida do ensino médio.

Vampire Academy introduzirá o charmoso ator britânico a audiência americana e para apoiar o lançamento do filme dia 7 de fevereiro de 2014, Sherwood falou sobre a atração da série, estrelando no que pode vir a ser uma franquia e sobre as artimanhas especiais do diretor Mark Waters no set.

Você teve algum escrúpulo por ingressar em uma franquia jovem-adulta?

“Não, não mesmo. Eu li o personagem, li o roteiro e trabalhar com Dan [Waters] e Mark e com o resto do elenco – não mesmo. Foi muito óbvio. Eu sabia que Mark e Dan estavam muito bem envolvidos antes de me dar o roteiro. Eles não me deram o roteiro até a parte da química. Eu estava fazendo o teste baseado na versão que de Dan e Mark estavam vendendo, para mim e Zoey [Deutch]e Sarah [Hyland] e para a Weinstein que estava por trás disso, e claro, Lucy [Fry]. Então daí surgiu a atração do personagem.”

O que o personagem tem de tão diferente que você achou interessante?

“A criança em mim de 5 anos de idade queria interpretar um vampiro. Ele queria brincar com fogo e se apaixonar com essa princesa e salvar o dia. O pequeno menino teria me batido se eu não aceitasse esse papel.”

Então, não tem nada em Christian que você não goste?

“Não, não mesmo. Até os elementos dele são completamente diferentes de mim. Tem a solidão, o sarcasmo, o isolamento… do ponto de vista de atuar, isso foi animador de interpretar, porque é muito diferente de mim e assim, se tornou algo que eu tinha que trabalhar muito para alcançar.”

Você acha que é libertador interpretar um personagem que lida com as situações de forma sarcástica?

“Completamente. É muito purificante mergulhar no personagem. Eu não acho que importa o que o personagem é. Obviamente Christian é ótimo porque ele era muito sozinho e muito obscuro. Eu acho que quando você vai explorar qualquer emoção ou traços do personagem que não são propriamente seus, isso se torna muito purificante. Significa que você quase que não tem que experimentar isso na vida real.”

Christian é o típico personagem ‘ mau e observador que toda mulher ama’. Como um rapaz, por que mulheres amam homens maus e observadores?

[Risadas] “Eu não sei. Eu acho que se fosse uma menina nesse outro ponto de vista eu revelaria a oportunidade de você se abrir comigo e diria ‘Diga-me sobre seus sentimentos. Não os mantenha com você.’ Eu acho que é um instinto natural do ser humano de querer se ajudar. Eu acho que é por isso que as pessoas têm empatia por Christian e se encontram nele porque… membros da audiência, claro que ninguém gosta de Christian no filme… mas eu acho que é por isso que a audiência gosta dele, porque eles sentem empatia com esse tipo de solidão e isolação e querem que ele se abra.’

E ele tem esse talento especial de manipular fogo.

[Risadas] “Isso é muito legal também.”

Quando você leu o roteiro e aprendeu sobre sua habilidade de controlar fogo, você visualizou como isso seria na tela? Quão próximo ficou o que você imaginou com os efeitos finais do atual filme?

“Sobre roteiro que eu peguei originalmente, eles mudaram o final. Se parece exatamente com o que eu imaginei, que seria baseado no roteiro que nós gravamos. Exatamente como eu pensei que seria.  Eu estava um pouco desapontado, eu pensei que eles iriam colocar minhas mãos em chamas. Isso soa ridículo, mas o dublê veio até mim e disse ‘Sim, nós temos esse gel especial. Nós faremos isso por 20 segundos e em seguida, temos que apagá-lo para fazer novamente.’ [Risadas] Eu acho que eles me viram algumas vezes no set e ficaram ‘Oh, não, ele é muito atrapalhado para se colocar fogo. Ele irá passar as mãos no cabelo ou alguma coisa assim e irá queimar suas sobrancelhas. Eu não acho que possamos deixar isso acontecer.”

Por acaso você é atrapalhado na vida real ou foi só o set que te deixou terrivelmente atrapalhado?

“Oh, não. Todo o tempo. Eu sou terrivelmente atrapalhado. Sim, eu deixo cair coisas no chão, caindo também, a todo tempo. Eu era bem menos atrapalhando quando eu era motociclista. Quando eu estava em minha motocicleta ou quando eu estou andando de skate ou de longboard, eu sou muito elegante. Não ‘muito elegante’ – eu sou mais elegante quando eu estou fazendo coisas desse tipo, mas quando eu estou andando pela rua eu provavelmente cairia.”

Isso é tão não-Christian Ozera.

“Eu sei. Foi por isso que Christian teve muitas tomadas, porque Dominic não consegue andar direito.”

Então, teremos uma parte do DVD para sua falta de habilidade de andar?

“Eu espero que eles deixem boa parte disso de lado.”

Existem muitas fãs apaixonadas pela série de Richelle Mead. Por acaso você mantinha a fanbase em sua mente enquanto gravava? Como você tem lidado com isso?

“Eu me importo muito com o que os fãs pensam, muito mesmo, mas eu tento arduamente não me deixar ser muito influenciado por eles, porque eu sou o tipo de pessoa que deixa a pressão alterar a performance e nós éramos a performance no set. Eu não queria que essa pressão transformasse ou fosse alterada de forma alguma.”

Você já terminou de ler todos os livros?

“Não, isso é muito interessante. Algumas pessoas já me perguntaram isso. Eu li o livro após eu terminar o filme, porque eu não queria me confundir com a história da Richelle e a visão de Dan e Mark Waters de Vampire Academy porque elas duas coisas diferentes em essência. Eles são muito similares, claro eu vi isso depois, mas eu irei fazer o mesmo com o dois, o três, o quatro, o cinco, e o seis.”

Então você não tem nenhuma cena particular que esteja prevendo porque você não sabe o que acontece com Christian.

“Eu não sei. Pessoas meio que arruinaram as coisas para mim e eu não sei como irá terminar. Eu estou muito animado para fazer. Mas sim, até agora, pelo que eu sei, eu não tenho certeza.”

É estranho que vão ter fãs que, não importa o motivo, irão se referir a você como “Christian” ao invés de seu verdadeiro nome?

“Um pouco, mas isso já aconteceu antes. Eu fiz um TV Show para a BBC e obviamente não tinha seguidores cult e não era grande como Vampire Academy é, tinham pessoas que me encontravam na rua e se referiam a mim como Jack, quem eu era nesse pequeno TV Show. Em verdade, eu acho que é muito legal, o fato das pessoas gostarem e acreditarem tanto na retratação do personagem a ponto de eles me verem como Christian.”

Quando você é contratado para gravar um filme e você sabe que existe a possibilidade de interpretar o personagem mais de uma vez, o que você faz? Deixa essa ideia de lado ouse importa se irá ter ou não a sequência e por acaso aquela se seria a última vez que você o interpretaria?

“Eu acho que depende muito do projeto. Com Vampire Academy o fato de que seria uma franquia era incrível para mim. Foi uma das coisas que me atraiu, qie poderíamos ter seis filmes. Isso me atraiu para o projeto. Outra coisa também é que tem um final para eles então, você não poderia fazer outro e se o fizesse, você estragaria essencialmente a ideia geral desses filmes. Com Vampire Academy eu fiquei muito animado com o fato de que poderíamos fazer seis filmes.”

O que você acha que tem nos livros de Richelle Mead que distancia Vampire Academy dos outros filmes e programas de vampiros?

“A mitologia vampiresca é algo que nós tivemos por tanto tempo como uma cultura. Eu acho que ela se moldou a sociedade. Se você se voltar para Nosferatu, as pessoas tinham medos de ratos e da infecção e é por isso que Nosferatu se parece com um rato. Isso tudo foi moldado e acho que nós acabamos por desenvolver uma sociedade moderna e jovem com a surrealidade do vampirismo. Em verdade, ele tem muito da mitologia de Bram Stoker. Você vê São Vladimir, é a escola. Drácula foi baseado na pessoa de Vlad o Impalador.”

Vampire Academy é uma série jovem adulta, mas você acha que ela poderia atingir uma maior demografia?

“Na realidade, eu acho que a coisa que faz perdurar por anos é que o filme é meio que uma sátira do ensino médio, porque os adolescentes vão olhar e dizer ‘Esse sou eu. Eu estou passando por isso ou eu estou fazendo aquilo, que seja.’ Eu acho que alguém da minha idade ou até mais velho poderia olhar para trás e falar ‘Deus, eu era esse tipo de pessoa.’ Ou ‘Ela costumava praticar bullying contra mim.’ Ou ‘Eu tinha me apaixonado por aquela pessoa ou é ela.’ Eu acho que é muito relacionável com esse tipo de idade transcendental.”

Então você consegue visualizar esses personagens existindo em um ambiente normal do ensino médio?

“Menos os vampiros?”

Menos os vampiros.

“Sim, eu teria doppelgangers para todos esses personagens na escola.”

Até para Christian?

“Até para Christian.”

Você já falou com o “doppelganger” de Christian?

“Eu disse a ele. Eu expliquei toda a história e a coisa dos vampiros e dos Strigois. Ele ficou, ‘meus pais ainda estão vivos’, e eu falava ‘não é isso que eu quis dizer. Eu estava falando sobre o personagem.’ Ele não compreendeu.”

Você teve a chance de falar com Richelle durante as gravações?

“Sim. Ela veio ao set um dia e eu saí para jantar com ela e Zoey e outras pessoas.”

O que ela te disse sobre Christian?

“Não muito. Ela estava muito agradecida e também confiante com tudo o que estávamos fazendo, mas ela não disse muito disso para mim. Ela veio [ao set] por um dia, o que foi incrível.”

Isso te fez ficar mais nervoso, ter a pessoa que criou o personagem no set?

“Sim, muito. Isso me fez focar mais no desenvolvimento do meu personagem e ter a certeza de que tudo estivesse no lugar exato e saindo exatamente como eu queria. Eu fiquei muito empenhado naquele dia, me certificando sempre de que tudo estava perfeito.”

Falando da vida no set, como era Mark Waters como diretor?

“Incrível. Mark é um ator e diretor – essa é a melhor maneira de descrevê-lo. Ela sabe exatamente como falar conosco e como trabalhar conosco. Como extrair a melhor forma da nossa atuação e ainda nos ensinou todos aqueles truques e macetes que agora eu usarei pelo resto da minha vida. Ele é muito legal.”

Que tipos de truques e macetes ele usou?

“Ele nos ensinou um truque chamado ‘passe f***a’, basicamente significa que você está autorizado falar de forma impropriamente o quanto quiser, independentemente da idade do filme. Você passa pelos assuntos e você não se restringe em nada. Você é autorizado a dizer o que você quiser e, depois pega as partes impróprias e as tira, encaixando o roteiro, mas você acaba deixando esses altos e baixos da emoção, como se você estivesse completamente livre. Essa era uma das coisas que eu mais gostava de fazer antes de começar a gravar. Eu fazia isso com Lucy também.”

Isso é bem fora do comum. Como isso te ajudou? Ou era só a sensação de se sentir mais confortável?

“Não, isso é uma coisa bem pro lado emocional. Se tivéssemos uma passagem que nós tínhamos que ser potencialmente agressivos ou tristes, enfim, e você tem uma passagem que foi escrita para um filme de classificação etária de 13 anos, você não pode verbalizar o que você quer. Fazer isso te liberta de ficar travado com essas palavras, mas a emoção ainda está ali. Estão tudo com você, então as palavras e as passagens são ditas como se você estivesse falando palavrão.”

Como foi trabalhar com Zoey Deutch e Lucy Fry?

“Incrível. Elas são talentosas e muito dedicadas ao trabalho. É muito inspirador trabalhar com pessoas como elas.”